Lampejo
Que caia o amanhã sem inefável espera. Amanhã, nada mais, apenas. Sonhos. Imagens. Floreios. Que mais? Que caia o amanhã sem inefável espera. Que seja. Que queira. Jaz sobre a mesa a despedida. Em letras miúdas, queixas e lamentos. Ao pé da folha, quase escondidos, alegres lembranças. Enfim. O fim. O Sol anuncia-se matreiro. Da janela, quem olha, se não e sempre, dona Jurema. Ah! dona Jurema, se deixasse que a vida alheia seguisse livre, talvez seus quitutes fossem mais apreciados. Enfim, o fim.