O Poema do Mundo...

I

Ó humanos tolos de Guerra,

Tendo um futuro de Trevas,

Nos seus propósitos de Luto,

A vida entre lágrimas solta Uivos.

II

Querendo tantos um mero Carinho,

Mesmo no mendigo triste Vadio,

Sedentos e imersos na vereda Maldita,

A ambição é uma formosura de Filha.

III

Guerras de cismas e tremenda Sina,

Os Humanos tem no cerne grande Ira,

Tendo tantos uma maligna Mente,

Os sanguinários tem rixas com os Entes.

IV

Os muitos corações tem louco Desejo,

E o ditador tortura com mui Anseio,

Morando nesse mundo farta Morte,

Os demônios é que praguejam em Ordem.

V

Ó humanos de puro e fatídico Sangue,

Tem muitos trambiqueiros mortos no Mangue,

Na guerra que mingua o abandonado Amor,

Os ladrões da sorte é que espalham mau Odor.

VI

Eu que vocifero ao mundo em Gritos,

Tantos olham pra fome e amaldiçoam o Mendigo,

Enquanto muitos comem o próprio Coração,

Os santos deste globo assassinam com Devoção.

VII

Andando no abismo de reles Caído,

Os bondosos do crime são cultos e Sabidos,

Pois, ser um herói é dádiva de cultuado Ladrão,

Na quimera louca de dantesco e vil Cão.

VIII

O mundo parece que voa num lindo Sonho,

E se perdem nas trevas dos profundos Olhos,

Em consequência o ódio é ópio de Mar,

E o dinheiro roubado devolve o penhorado Ar.

IX

No privilégio de qualquer bom Prazer,

Os ratos das lindas mansões de lodo sabem Viver,

Na fartura do prato servido cheiroso Dinheiro,

Comem a carne do cunhador e infeliz Ferreiro.

X

Somos ilusões no espelho quebrado de Gente,

Os ajudados não tem na boca nenhum Dente,

Faltando nisso tudo o vívido do Espírito,

Todo bom genocida exercita o dom de Cínico.

XI

Ao sabor da quimera do apogeu Apocalipse,

Quando não terminar mais o maldito Eclipse,

Os palhaços serão os patriarcas do Circo,

Sendo o mundo comido na carne viva por Malditos.

XII

Os muitos tolos matam por vício Frenético,

Mas, um bom assassino mata ensinando ser Ético,

Na pobreza da loucura do tempo sem mais Alma,

Todo bom ser Humano faz amor com Armas.

XIII

Essa Humanidade nem mesmo é Vítima,

Nenhuma vítima se farta de ser Ríspida,

A guerra sendo a lambida e chupada Doença,

É cultuada pelos abastados na afã de Crença.

XIV

Eu que desejo os poemas do lírico Fogo,

O pecado dos homens são desenhos de Ogros,

Saindo a santeria de violência e amado Pus,

O mundo em guerras amaldiçoará a paz à Luz.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 24/11/2020
Reeditado em 24/11/2020
Código do texto: T7119883
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