Das Impurezas!

Troça de cascalhos na leira acima

Todas as cavidades no assoalho,

Para margens mais indispostas

A fibra que verga com o vento diurno

Troca de agasalhos na beira inflama

Todas as variedades do espantalho

Nada virgens falas vigorosas,

A quebra que a palavra disputa

Nada de versos messiânicos

Atrofias mal permitidas na coleta,

Passa passado rapidamente, passa,

Encobre tudo o que deve, descara,

Lágrimas que se apertam em falsetes,

O mais fácil é o tirar das roupas,

Sonhos manipulados, travas insanas,

No furacão apenas um vértice solto

Jogando a toalha para fantasmas passageiros,

Esticou a conversa apenas com mais alguém,

Mal dá conta do que faz sem uma escada

Quando sai a escada, todo mundo é ruim,

Ainda tem muito que cavoucar nesta terra,

Trinca de achados na ladeira de ripa,

Todas as verdades no gosto do alho,

Das imagens tão sobrepostas,

A pedra que a vez mal atira

Tropa com bagulhos na feira clama,

Todas as amenidades são chocalhos,

Nas viagens menos nervosas,

A letra que o desejo inspira

Cada vertente segue algum folguedo

Brilharecos díspares balançam sem jeitos

Voltas, retornos, reviravoltas, um jogo,

Toda máscara que se desnuda no amanhã

Fero na franqueza, dores por simetrias,

Do querer que entorpece com a distância,

Apenas algumas fragrâncias libertinas,

Mal cabe a gota que preenche o copo

Riam-se as carradas dos infortúnios,

A mão que seca o leito na solidão,

Trocados pelo chão, gárgulas de olho,

Sobra um espelho, um ar rasteiro,

Olhou de novo apenas para dizer não...

Das travessas agonias & malhos!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 27/10/2007
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