A morte...

No senso da tal palavra,

Tingida de silêncios perpétuos,

De sepulcros, na índole da razão,

Eis que surge uma mera questão!

Amor-te tão justa sem posição,

Amorte na sua simples aglutinação,

De órgãos falidos, extinção,

Causando paragem ao coração,

Mas, amor-te em contraste,

Daquilo que se sente,

E o que se pode exprimir,

Na tradução do querer ou intenso prazer,

Que leva qualquer ser à loucura,

Quando este se mistura,

Com as fagulhas da paixão,

E esta última por sua vez,

Pode reduzir o ser a pequenez,

Quando este cessa chamando a morte,

Por não ter a tal correspondência,

Caído num deprimente momento de solidão,

Quiça até ao sucumbir da esperança,

Quando não há amor-te,

O desejo some,

E o simples ser esquece até o nome,

Vendo seus sentimentos na lápide do tempo,

Onde não há verbos para conjugar o a(mar),

Senão a morte (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 23/11/2020
Reeditado em 23/11/2020
Código do texto: T7118778
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