O choro de remissão
Caiu “chuva” de mim, no chão que piso.
E por muito tempo se fez liso
O teu pisar.
Pois, no caminho de mim,
Tu quiseste passar,
E caíste por desaviso.
Quanta “água suja” eu conservei!
Oh, Quanto de mim foi capaz!
Preso em mim mesmo fiquei!
Minha “barragem” rompeu-se sobre muitos...
Minh’ alma sentiu vergonha
Do meu próprio coração,
E sem noção,
“Molhei” o caminho
Esperando maldosamente,
Teu escorregão.
Não sei se acreditarás em mim,
Mas cortarei minhas mãos
Se isto for suficiente
Para minha remissão.
Tudo foi tirado de mim!
Não me deixe sem a chance
De viver esse “romance”
Comigo mesmo.
Só uma oportunidade
E provarei que outro eu de mim,
Nasceu de novo.
Ênio Azevedo
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