Poema ao desconhecido
Quando eu fechar os olhos,
Não quero tristeza,
nem despedidas.
Quero a paz do dever cumprido
E a certeza
de ter vivido.
Quando eu fechar os olhos,
Não quero amigos,
nem lamentos.
Quero antes, por alguns momentos,
Teu olhar,
uma reza,
Os Sacramentos.
Que mais hei de querer, senão
Dizer-te "até breve"?
Que mais hei de pedir, senão
"Persista"?
Quando eu fechar meus olhos
Diante da finita brevidade
Que o nosso amor, prólogo do Paraíso,
Seja, para ti, um suave perfume:
Vestígios de Eternidade.