Macapá
Já vai pra quase um mês
Fez o pega pra capar
Ninguém sabe explicar
Porque raios o raio cai
Duas vezes no mesmo lugar.
O povo olha de esguelha
Perdido de lá pra cá
A pulga atrás da orelha
Pra lá de Bagdá
A pele toda vermelha
De picada de mosquito
Bebê chora no berço
A mãe de olhar aflito
Leite ferveu na geladeira
Desiste da mamadeira
Sinal da cruz insiste no terço
Não se salvou nem o Jesus
Que alguém trouxe de São Luiz
Noite prestes a chegar
Chama a polícia e o Juiz
Tem outra gangue na fita
Não tem mais nada pra levar
Do lar doce lar de palafita
Não falam disso nas “notícia”
Juro que quando a luz voltar
Vou trabalhar feito um leão
Juntar dinheiro pra comprar
Uma passagem de avião
Qualquer lugar sem apagão
E em Macapá nunca mais não