MILAGRES DO AMOR
MILAGRES DO AMOR
Estava eu triste à sombra d’árvore
Alheio ao frescor que me acalmava,
Ora...chega um canto alegre
E quanto mais minh’alma se encantava.
Então compreendi que era a voz da vida
Esta canção... a paz que me achava,
Como podia eu calar o meu peito?
Se ao amor à vida já cantava?
Um simples canto melodiava do além
Sonorizando o silêncio que havia,
Meu coração inocente percebia
Um belo canto doce de alegria.
E este canto do além surgindo
Era uma prece aos meus ouvidos...
Olhos fitavam as margaridas florindo
E a amada chegando sorrindo.
Por que esconder do tempo
Que presenciara esta beleza alada,
O canto mais alegre e mais plangente
Sussurrado ao ouvido da amada?
Por que não me doar ao gosto
Esquecer todo o desgosto...
Desesperos e dissabores
Se posso amar também?
Então sem ilusões e revoltas
Sentado junto aquelas rosas
Te amarei como ninguém.
ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
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LEI 9.610/98
19/11/2020