Parasitismo poético
Feito parasita
ela te consome,
te come, te estupra.
Suga toda sua sanidade
e cospe o bagaço fora.
No começo você exprime
todo seu íntimo
e se sente usado,
corrompido, um lixo,
nunca mais quer vê-la.
De repente você querer
mais e mais,
quer a toda hora,
não se cansa.
Vira um louco insaciável
e se vê dependente
da poesia.