Poema sem destino

Cidade deserta,

alegria dilacerada nos últimos

dias esquecidos na solidão

de horas felizes e subentendido.

Indivíduos que não existem mais,

aparecem na companhia do amanhã,

que este mundo de desordenados

seres invisíveis desaparecidos descartou.

A aflição sem susto do nada sabe,

depende de comprimidos compromissados,

na cura singular da embriagues

não ressacada no dia seguinte.

O amor que sinto não existe mais,

só eu, meu corpo, meu destino,

minha figura tatuada na fraqueza

da alegria descartada, e mais ninguém.