Rendas (...)
Rendi-me aos teus pés,
Enquanto aguardava as tuas ordens,
Naveguei tal como tu quisestes,
Domaste-me por inteiro,
Afagando e longos suspiros,
Seduzindo a nudez da minha alma,
Deixando-me perdido entre as sedas,
Meus raios em tua constelação de Zeta,
Meu calor aquecendo o cometa,
Pois a meta era só uma...
Rasgar a inocência daquelas rendas,
Nessa pele macia e clara,
Jurei tocá-la e marcá-la,
Jurei levar-te fora dessa esfera,
E soltar de dentro essa fera,
Para que a loba que vive em ti se desperte(a)
Hoje rasgaremos a inocência de nós,
Que as paredes sejam testemunhas,
Que os gritos atinjam a longevidade,
Pois hoje mataremos a saudade,
Das nossas almas virgens,
Das nossas vontades,
Dos nossos medos,
E dessa distância que nos consome,
Hoje de ti tenho fome,
Quero em teu corpo escrever o meu nome,
Quero inspira-me nele todo nu,
Quero-te, muito além dessa cama(...)
(M&M)