LÁ
Lá, nas alturas, às nuvens próximo
Vejo um anjo escuro e sem forma.
Trafego insano pelos ares, tóxico,
Bêbado de não ver o que nos torna
Iguais aos serafins tão insólitos
Que rondam a minha mente morna
De sonhar um céu monótono
Que algum ancião almeja e adora!
Lá, das alturas, enfim retorno
E caio sobre esta terra que assola,
Sobre este infértil e seco solo:
Este homem que canta e me consola!