Desejo infortúnio
Na infelicidade alheia eu me apresento refúgio
Uma solidão de sábado à noite
Algumas cervejas geladas e muitos sonhos
Num tempo que passou e empoeirou os desejos
Tão distante do ideal cada vez mais ficamos...
Entretanto, há conversas há imagens
Articula-se uma miragem, num deserto vivo
Uma abertura no tempo e espaço, para um delírio
Que ninguém saiba de mais nada,
Isso é uma grande explosão na mente iludida
Vamos com calma, isso é válvula de saída
E temos que sempre voltar...
Não me comprometo a arruinar nossas vidas
Cada um tem seu caminho,
Outras coisas são de outras histórias
Nessa vontade, que no aperto do peito evade
Vamos em frente, isso dá sono eterno e gozo
O fim é só incoerência em demasia
Tudo que não pode ser, se fazendo por dever
Dessa razão procedendo em loucura
Pois o desejo é insano ao ser forte e breve
E podemos enganar tudo, menos o que o corpo prefere.