ORTIGA
Assim chamo as mãos que atiram “pedras”
E é a sua própria imagem que se depreda.
Como uma urtiga, folha bonita, mas fere.
Posso também dizer de um coração,
Que lança o mal contra o irmão,
Uma antiga ortiga lançando pedras, em vão.
Alguém confundirá ortiga com urtiga,
E dirá que a letra, ao poeta castiga,
Mas castigada sempre será a falta do ler.
Não sejamos uma “ortiga”
Muito menos “urtiga”,
Mas amigo e/ou amiga.
Ênio Azevedo