Ela é Mistura de Freud, Exupéry e um Vagabundo Deplorável
Essa menina ama escrever
Porque quando o faz, é libertador
Se desfaz em poesia
Concretiza toda a magia
Do seu eu interior
Ela nem sempre encontra quem acolha seus problemas
Por isso quase sempre desabafa em poemas
É metafísica
E ao mesmo tempo palpável
Uma mistura de Freud, Exupéry e um vagabundo deplorável
É leitora insaciável
Como o ácido de Glauber
Tem o seu lado doce
Mas também insuportável
Longe de ser perfeita, ela nunca foi direita, mas quando quer, é formidável
Louca e sã
Defeituosa e impecável
Uma fusão de pureza e vício
Dona do próprio hospício
É delirantemente inexplicável
Sem medo de errar
Ela mesma determina suas ações
E de tanto quebrar a cara
Hoje ela quebra padrões
E vai saindo de nariz em pé
Sem dar satisfação
Ela que já se arrependeu do ato
Hoje se revolta da omissão
E findando adjetivos
É combinação de álcool e café
Viciante
Uma loucura de mulher
É tipo sol e chuva
Noite de amor e uva
Como Bahia e axé
Para despedir, é inesquecível
Amorosa antes fosse
Ela é misto agridoce
Quando fica, é intensidade
E quando parte, faz questão de deixar saudade.