( imagem: eu hoje rsrs)
 
 
Plissê
 
Algo direi seriamente:
nada, nada é permanente
senão os refolhos do plissado.
Tudo passa, qual vento, passa...
Mas o plissê só esvoaça
numa doçura!... Enamorado...
 
Quisera eu o ensejo segurar 
pelos vincos e me alargar
além do midi, vaporosa...
E o vento, ah, me levando...
Urdindo-me em fios,  bordando
o que de mim resta de rosa...
 
Nada é infinito, oh,sei...
Nem os poemas que versei
pelas carquilhas do plissê
cobrindo os joelhos cansados
de tantos sonhos repisados...
Ah! Passa o tempo, eu, você...
 




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Olá caros amigos recantistas, boa tarde de domingo a vocês. Como sempre eu sumida e só vindo aqui aos domingos. Me envolvi com um monte de coisas na semana e, além disso, a inspiração ainda me prega peças. Mas hoje, aconteceu algo: bateram à porta e fui ver, era ela sorrindo com ar de quarentena e foi entrando me dizendo” só vou ficar pouco tempo”.  Como se fosse fácil alguém ainda de luto inventar rimas, essências, métricas assim num estalar de dedos. Dei-lhe um beliscão e ela, meio a contragosto aceitou sentar-se comigo depois do almoço e juntas nos esforçamos para fazer esse poema de hoje que espero vocês gostem.

 

INTERAÇÕES



 



 

TERMOS:

MIDI: diz-se de traje feminino cujo comprimento fica entre o joelho e o tornozelo.

PLISSÊ: Várias pregas que são feitas numa roupa ou tecido, normalmente, com o auxílio de uma máquina adequada; plissado.

Fonte Pesquina: google