O filho que não tive

Perdão Deus, por apenas ter crescido.

Não multipliquei como Tua vontade

Mas não penses isso uma maldade

Sequer fiques comigo aborrecido

Algum momento o tive preferido

A meu favor ou de uma outra vaidade

Porém, agora em não mais tenra idade

Recebo meu castigo merecido

De quem vibrarei com os primos passos?

Do escuro não terei quem proteger

Tampouco alguém para embalar nos braços

E dormir na existência do não ser

Vários mistérios, mas um inclusive:

- Onde andará o filho que não tive?

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Celso Henrique Fermino
Enviado por Celso Henrique Fermino em 08/11/2020
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