PROMESSA
PROMESSA
Queria estar ali de novo
percorrer os extremos das minhas estradas
lamber o meu sorriso
de chocolate ao leite
e simplesmente ser feliz
morrer de risadas
ah que deleite....
Era ali que meus passos deslizavam fortes,
seguros
era onde eu desencravava de mim
sentimentos tão puros
Vivia real num mundo ideal,
coisa de poeta, coisa e tal
Tocava em nuvens
brincava com os cabelos
Deitava-me ao chão das estradas
sem medo do perigo
Deus, o que o medo fez comigo?
Quantas roupas terei que arrancar do peito
Para sentir-me de novo assim?
sentir na pele e na alma
esse efeito?
jasmim...
Parece até paraíso sobrenatural,
mas qual nada,
sentia-me assim
normal
Entre asfaltos nus e pistas de barro
flores livres sem jarros
Derramarei pela rua afora
gotas pesadas de suor
só pra ser maior,
gigante
tão grande,
tal qual
fui
quando bem pequenininha...
Derramarei!