É POR TANTO SENTIR QUE ESCREVO

A escrita me abstrai

Em seu emaranhado

De versos avessos.

Neles me perco

Buscando nas insanas palavras

Compreender

A incompreensível arte do sentir

Que na trama dos meus pensamentos

Me costura em devaneios.

Ardentes!

Apinhados de dor e paixão

Fazendo escorrer pelas minhas mãos

A sentença que inflama o meu peito.

Então, escrevo.

Nas linhas despejo

Os sabores que atiçam o meu íntimo

Na intensão de libertar o que sinto.

Dou asas aos sentimentos

Deixando escoar de mim

Tudo aquilo

Que não consigo conter.

Xícaras de Prosa
Enviado por Xícaras de Prosa em 07/11/2020
Reeditado em 05/04/2021
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