É POR TANTO SENTIR QUE ESCREVO
A escrita me abstrai
Em seu emaranhado
De versos avessos.
Neles me perco
Buscando nas insanas palavras
Compreender
A incompreensível arte do sentir
Que na trama dos meus pensamentos
Me costura em devaneios.
Ardentes!
Apinhados de dor e paixão
Fazendo escorrer pelas minhas mãos
A sentença que inflama o meu peito.
Então, escrevo.
Nas linhas despejo
Os sabores que atiçam o meu íntimo
Na intensão de libertar o que sinto.
Dou asas aos sentimentos
Deixando escoar de mim
Tudo aquilo
Que não consigo conter.