Memento Mori
Afio a faca perpassante
Nas pedras da elegia
Que desprendem melodias
Em gritos de agonia
Por que deixei passar
Tão belas alegrias?
Por que escolhi
Retirar-lhe a felicidade?
Agora estou velho
Cansado
Com minhas forças exauridas
E tão enfadado
Ah! O fardo devora toda paixão
E passamos a cumprir
Apenas dura obrigação
Na qual, por tanto tempo sonhei só...
E deitado no meão do quarto
Ouço o uivo das criaturas
Prontas a esgueirar
Peço-lhe, não me deixes aqui
Então, ouço o compasso marcante
Na porta a fustigar
E pergunto: - És tu Morte?
- Por favor, não me interrompas!
Com meu brio atarantado
Não pude escapar
Já não estava acordado
Meu espírito foi assim, voar