De hoje a outrora! Hoje tudo pode!

De hoje a outrora! Hoje tudo pode!

Por primazia peço-te desculpas

Por obsequio a ti dedico o poema a proclamar!

A saudade! Saudade dos poemas, escritas de outrora!

Onde do arcaizante ao coloquial era uma sensação, sedução, reflexão!

Onde os poetas, encontravam afago. Saindo do anonimato, de pseudos, solidão!

Ao colo da literatura. As penas de uma caneta.

Mergulhando sua cede em tinteiro em tons de preto!

Percorriam, delineavam. Sutilmente, delicadamente.

Cada contorno, fosse masculino, feminino ou gênero.

Sem hora, lugar. Dia, noite. Deleite sem tamanho!

A saudade! Saudades destas literaturas!

Ao qual respeitava gramática, não a censura, mas seus leitores e ideias!

A saudade! Saudade destes honrados sonhadores!

Com poemas a alimentar a alma!

A dar petiscos aos corações inflamados.

Loucos, amantes, amores! Pensadores, Idealizadores!

A saudade destes escritos, destes autores!

Saindo do anonimato, de pseudos, da solidão.

Em seus transcritos dando reconhecimento notório.

A saudade destes escritos, destes autores!

Com tamanha maestria, propriedade,

Paixão, reflexão!

De hoje a outrora! Hoje tudo pode!

Abacachi, a, abacaxi!

Correndo, percorrendo o mundo a fora.

Sem ao menos, sair do lugar.

Perfazer axiologias

E o mundo, te ovacionar!

(Nane Bochete 11/2020)