MARCAS
As marcas dos teus pés,
Teu avesso teu revés.
A sombra dos teus passos
Os embaraços de quem tu és.
Nada impede que este “barro”
Num “escarro”,
Finde.
“Paredes” caídas, teus esbarrões.
Reedificadas sem teus “porões”
Onde as tuas “tralhas” foram esquecidas
E adormecidas,
Não vingam mais.
Todos merecem um novo “sol”,
Um “lenço” ou um “lençol”.
O redimir-se é uma escolha
Antes que encolha
A oportunidade.
Ao erguer da bandeira branca
Alguém desbanca
E retira a tranca
Da “fortaleza”,
Mostrando a beleza
De um sincero pedido
De perdão.
Ênio Azevedo
(Mera poesia)