Só restaram as Flores

O que está cá dentro

São só fragmentos

Daquilo que não existiu

Hoje são quase transparentes

Mas já foram sangue ardente

Derramando-se nas águas do rio

O amor por um longo tempo

Vestiu-se de dor inesgotável

A dor foi ficando suportável

E acostumei-me a ela

Em certo tempo, não sabia mais

O que era amor e o que era dor

Tudo se misturou

Hoje o que existe?

Uma saudade triste

Daquilo que não vingou...

Mas vieram outros amores

Que ocuparam outros espaços

Mas o terreno em que pisaste

Neste nasceram só tuas flores

Aquelas que não regaste

Mas isso, eu mesmo faço

Para ter ao menos a recordação

Do que perfumou meu coração.

Eduardo Paixão
Enviado por Eduardo Paixão em 04/11/2020
Código do texto: T7103765
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