CUIDADO! HÁ CRENÇAS PERIGOSAS
Fingiste o tempo todo, amiga ser.
Confiei meu deleite ao bel-prazer
E tu traíste ferozmente o meu viver.
Iludido, eu segui ao teu encalço,
Cegamente passos largos pés descalços
De olhos vendados, eu podia te ver.
No vazio de mim, só tu existias,
E mesmo nas horas vazias,
Tu eras meu “jardim” de fantasias.
Cresci escondido em teu “castelo”
E na vida, fortaleci esse elo,
Fazendo de ti, o meu “forte”,
Mas hoje, acabei em “farelo”.
Acreditei piamente em teus segredos
Por um tempo, tu acabaste meus medos,
E seguindo teus enredos,
Naufraguei.
Eh, confiança!
Contigo eu fiz uma aliança,
Acreditei que eu era infalível,
E fui traído pelo próprio ser desprezível
Que me tornei.
Ênio Azevedo
Aviso - (Mera poesia!).