Brotinho

Brotinho,

meu coração grita amarrado

como um animal

preso nos seus caprichos incomum.

Queria ir embora como um covarde para bem longe

sem saber a hora de voltar;

la onde não se nota a sede de amar,

coração louco ferido, sem ilusão.

Queria poder correr muito,

fazer bater de novo meu coração

que roubaste no brilho dos meus olhos,

onde deixaste um vazio no meu olhar

pávido e sem hora,

que solitário me faz transformar

em moleque de pedra.

Brotinho,

deixou-me lasso na forma de amar,

na lembrança da rede na varanda,

acostumamos a deitar na fé covarde

sobre abraços apertados onde saiamos a passear

no galope do nossos corpos,

sob o gozo rasgado no peito

onde ouvíamos a música poética do interior,

e enfim dormíamos juntinho

de novo adoptado...

Que estranho mais de amor!!