Aurora solitária

Aurora solitária que anda pela rua

sem saber o que fazer,

a direção certa a tomar,

na vida que precisa ser mudada

para que não se torne um bumerangue,

que não vai a lugar nenhum.

Tempos depois para pensar

o impossível, sem saber se é verdade,

sem consegui persegui a realidade,

confundido com olhares quebrados e tristes.

Joelhos ralados por mais um tombo

ocorrido na decepção furtiva de aprendiz

de coisa nenhuma,

perda e fúria sem nexo de causalidade

fomentada sem direção.

Assim na utopia de fumos e uivos

olha-se na direção

daquele motivo para a sua existência

sem consegui ver nada,

na escuridão da aurora setentrional

sem amigos, sem amigados.