Ao Viajar Por Adélia
Por Nemilson Vieira (*)
Siga sem interrupções o seu caminhar, amiga formiga!
Não lhe importunarei, momento algum; — por nada.
Veja bem por onde anda nessa contemplação solitária!
Por favor, curta os seus minutos de glória, mas desça tão-somente do degrau da fama que se envolveu!
Não entende que esse universo da poesia que anda são doces versos, que não se pisa? — Não lhe servem de alimento: não há fungos nesta roupagem!
Reveja as suas opções nutricionais e trajeto de prazer momentâneo!
Pelos encantos da viagem que faz, em leves passos, nessa blusa macia, clara, em branca lã…
Não imagina, ser de Adélia esse caminho poético que se pôs a trilhar?
O tecido, a textura da folha, é bom de ver, de andar, de sentir!
A sua vestimenta é acessório que ninguém vestiu; gosto que só a ela satisfaz!
Outra não terá o seu privilégio, nem andará o que ela andou: na prosa e no verso, na sensibilidade que sentiu!
*Nemilson Vieira
(14:05:16)
*Nemilson Vieira
Acadêmico Literário
(14:05:16)