no fim da tarde
a morte invade o dia
na algazarra dos pardais
preparando esconder o canto,
na angústia do claro escuro
de um céu quase sem sol,
no apressar
dos passos ... de volta
das pessoas
que passam.
no velório do dia
a imagem mais triste
são minhas retinas úmidas
apontadas para o horizonte
agonizando a inconsistência
da vida.
(do livro "templário", não publicado)