Companhia Azeda
Não me aflora a lembrança
As tórridas noites de amor
Mas, somente a esperança
De dar-te uma simples flor.
Que seja afinal essa memória
Guardada no lugar daquela dor
Uma vez que a noite, a magia
Deixa-nos ao seu pleno dispor.
Lembranças, memórias, recordações
No final, nada importa. Nem o amor.
De tudo o que revira nossas emoções
Resta-nos a companhia azeda da dor.
Referência:
MALLMITH, Décio de Moura. Companhia Azeda (Poesia). In Vozes do Partenon Literário X. Sociedade Partenon Literário. Benedito Saldanha (Organizador). p. 61. ISBN: 978-85-62597-65-7. Porto Alegre: Partenon Literário, 2018.