Uma canção regida pela dor
Uma lágrima de felicidade se fez canção
E com carinho tocou suavemente na melodia
Pousou qual águia sobre o meu coração
E voou alto, firme: inspirando minha sutil poesia.
Vários sorrisos se pintaram em telas iluminadas
E com ternura ascenderam aos céus e ao fluir eternal.
Oscilando qual ventania e fogo, gemidos e trovoadas
Em meu ser lírico, surreal, sutilmente surreal.
A forma arquejante de meu domado coração
Se fez sentir o povir do que virá pelo firmamento
A felicidade tecida numa lágrima e em sua canção
Música e suspiro, voz e carinho; dor e lamento.
Um olhar pueril adentrou nas retinas das ilusões
E se fez inflamar a pele cortada do punhal do amor
Devaneios e saudades viraram raios e trovões
E se fez curativo da mágoa maculada da dor.