o silêncio quebrado apenas
o silêncio quebrado apenas
pelo pernilongo da casa
mata o tempo das horas moucas
horas corredoras da noite
enquanto na parede o dono
é o relógio cafona como
a minha cara malpassada
nos ponteiros do meu relógio
sedento e sisudo conduz
a bocarra que enruga e cospe
os detritos vãos da memória