Trin-da-de
Enquanto eu escrevia avisos no ar
Também pedia, suplicava, aguardava
Uma ajuda?
Talvez não fosse exatamente isso
Uma corda!
Também não
Um olhar...
É, um olhar
Daqueles que te olham no fundo na alma
Mas que não perfuram
Que estendem a mão
E sem querer te abraçam
Ops, você foi acolhida
Como deve ser?
Enquanto eu gritava em silêncio
Também suplicava, pedia, aguardava
Um abraço?
Podia ser isso se eu ainda fosse criança
Um pote de veneno!
Também não
Um laço...
É, um laço
Daquelas que dão um nó bem apertado
Te amarram e acolhem
Não deixam cair
Mais forte que sangue
Seguro e firme
Como deve ser?
Enquanto eu chorava lágrimas secas
Também aguardava, pedia, suplicava
Uma vida?
Não era mais isso
Uma arma!
Não, não
Uma salvação...
Uma salvação, é
Era o que restava
Daquelas arrebatadoras
Para deixar em paz o ser destruído
Lavar a mancha de sangue mais escura
E fazer gritar o coração morto
Como deve ser?
Como seria?