Vésperas
Não é a terra que me fere
Quando ao chão eu me debruço
Mas o teu frio que queima
Arde, corta, sangra... maltrata.
São navalhas cegas e mudas
Quando ao sol cortam por dentro
São caminhos que se cruzam
Se agridem e se repelem
Sendo assim, só frigidez
Em seu cume calmo e quieto
Sendo vez, é descartável
Mensurável fim... momento
Quando arde é sentimento
Como brisa vai embora
Como dia é o agora
Sopro quente e solidão