Quem?
Se tu me escutas, sabe o que há.
E como podes saber e não interferir?
Eu peço mais uma vez, uma chance
Eu derramo chuvas e faço tempestades
Eu trovoo solitário e inundo meu mundo
E quem me salva?
Eu faço das minhas vestes cortina
O espetáculo é o templo rabiscado
Meu corpo só, largado ao léu no universo
E minha mente é só delírio, alucinação
E pergunto a ti:
Quem me adorna?
E de sim e de não, vou levando a carruagem
Nos braços, com os pés cansados
O coração laçado com o nó da dor
E das cordas da voz me faz cantar desamor
E cansado, aflito, sigo...
E quem me leva?