BAFEJO

Francisco de Paula Melo Aguiar

Ó mundo que brinca de céu e de inferno.

De traidores de Judas e de Jesus Cristo.

Aprendiz neófito de política sem caderno.

De vivaldino corrupto a demagogo malvisto.

Exala o bafo da derrota que se aproxima.

Diante do vento avassalador que passa.

Em cada bairro, praça, rua, casa e esquina.

Como o sol do meio dia que queima e assa.

O povo não esquenta panela com bafo.

Onda de convulsão sombria, ventania.

Das quatro luas, chega a hora do desabafo.

Encontro de contas, coragem sem valentia.

Lenha podre não presta para sarrafo.

Já diz o ditado que saco seco não fica em pé.

Discurso sem futuro, vírgula e parágrafo.

Porque todo jogo de baralho tem melé.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 26/10/2020
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