Pedaços de África
Pedaços de África
Em nosso país
Um povo de luta
Que o silêncio aprendeu
Andando pela rua
Seu caminho é definido
E o grito do moleque atrevido
Lhe faz interromper seu rumo
Hoje, velho e sofrido
Eu presumo um sentimento
Impossível de ser sentido
O que sou eu diante da África?
E esses fragmentos despedaçados
Que edificam resiliência
Nas músicas, na dança
Nas cores e na elegância
O fetiche de todos
Por exuberância,
Por protuberância!
O sangue e a selva
Que há em nós
Aqueles que foram
Ao sol que arde
E os que ainda serão
Concebidos à lua
A África está em tudo
O mundo foi seu ladrão.