Grão
Despida os conceitos.
O que esconde no peito?
Não permita que se ouça o som do seu grito.
Seu apelo aflito.
Vibre forte e alto, como nunca antes se fez.
O palco pulsa como sangue que ferve quando colocado à prova.
Permita-se sonhar, incendiar.
Não consinta seu sorriso cessar.
O que a você foi destinado,
ao seu lado estará.
O que de você for retirado,
deixe partir leve como o ar.
O que te faz tremer?
Desapegue.
Nada é tão fixo que não possa ser grão,
ser novo, ser ilusão.
O que esconde no peito?
Não assinta ser mais que o seu coração,
O que for de partida, que suma.
O que for de chegada, que some.
Em tempo de quimeras prometa-se ser a todo tempo, o grão primeiro.