Poesia sem titulo II

Bate o pé onde você mau se reconhece,

quando os amigos são jogados fora,

nas mentiras que são sanados,

nas canções que não se cantam mais.

Quem mais se via e já não encontra

nas profundezas do amor incoerente,

que espera por uma vida longa

na frente do espelho refletido

em formato de retrato, 3/4...

Vale o sorriso no sinal amarelado,

dos ventos sem ventania, sem hipocrisia;

na hora dos loucos malditos,

na vadiagem do jogo em forma

de gude, de bola, de meia, de madeira.

Menestrel das vidas, das cidades,

nos moinhos a percorrer

tuneis e becos escavados sem rumo,

das sobremesas que não tem nada haver,

só eu e você perdidos na nossa vitalidade

Sinal que o dia acabou,

o mundo parou,

a loucura terminou,

a poesia findou,

o amor começou,

e o fim de tudo chegou.