BELLA

Bella, eu só preciso

de um azeite de dendê

uma vez ou outra…

de resto eu fico

sozinho e fica

tudo numa boa.

Portanto não se engane

pois, eu vou fugir de você.

Sabe, existe conforto

na solidão [você não?]

E o tempo corre

quase por minha vontade

o baixo risco de danos…

nem tristeza e nem alegria.

O poeta em novo estilo

a “Poesia da Homeostase”.

do poeta seguro, que não

gosta de dores no crânio

… ou no peito.

Ahh…

Eu vejo quadros

tortos e cafés pretos…

gatos vivos, gatos mortos

e até feridos…

assim,

que nem você.

Bella, eu continuarei

cruzando meus braços

e sorrindo sem jeito…

gaguejando, tremendo…

e criando motivos pra

dar o fora, desaparecer

de sua Bella vista.