SEM MAR

SEM MAR

Vejo-me na orla da praia

O horizonte de velhos tempos

É a única testemunha

Dos pés espalhando areia

Das ondas espraiando-se

Em espumas alvas e instantâneas

Dos navios indo ao largo

Em viagens que sonhava

Imaterializadas pelo tempo

O mar continua lá

Os sonhos já não são os mesmos

Agora não estou lá

Sou e estou acolá

Sem mar sem ondas sem espumas

Um monte de brumas

Que anuviam o panorama

Dum céu que se une a terra

Num fim de tarde lindo

De sol poente em colorido só

Que limita o plano e o olhar

Num acaso no ocaso

Sem mar

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 24/10/2020
Código do texto: T7095408
Classificação de conteúdo: seguro