SEM MAR
SEM MAR
Vejo-me na orla da praia
O horizonte de velhos tempos
É a única testemunha
Dos pés espalhando areia
Das ondas espraiando-se
Em espumas alvas e instantâneas
Dos navios indo ao largo
Em viagens que sonhava
Imaterializadas pelo tempo
O mar continua lá
Os sonhos já não são os mesmos
Agora não estou lá
Sou e estou acolá
Sem mar sem ondas sem espumas
Um monte de brumas
Que anuviam o panorama
Dum céu que se une a terra
Num fim de tarde lindo
De sol poente em colorido só
Que limita o plano e o olhar
Num acaso no ocaso
Sem mar