Sala de chá

Sentados na sala de chá

tão belos e elegantes

sorrisos higiênicos

bibliotecas reconfortantes

não querem ouvir o barulho daqui

os versos que acordam os monstros

desafiam os deuses

dizem sobre a floresta que deve renascer

com sons e viveres outros.

Talvez um poema novo

seja o grito destruidor de porcelana

acorde as almas sedadas

nas boas famílias

faça o carnaval

invente cores

liberte as crianças

Hoje eles vencem

mandam no país

concedem as bençãos

interpretam o Livro

vencem eleições

apertam os gatilhos.

Alguém ousará escrever a grande interrogação

E será o começo de um bom Ragnarok...