Joana, a louca da Espanha
(Real herdeira de Fernando de Aragão e Isabel de Castela,
aos dezesseis anos de idade, ó maldade, com Filipe de Flandes, Brabante e Boronha, Joana estava casada)
Com o duque, afamado de bonitão, logo teve seis filhos, a jovem do marido enamorada.
Morta Isabel, Joana entrou em depressão
O marido namorador despertou-lhe o ciúme, até uma rival ela atacou
Tinha crises de histeria até que...
Morto Filipe, a coisa piorou.
Joana não aceitava afastar-se do corpo sem vida
do homem que tanto amou...
Joana chorava, não comia
Começou a judiação
_ Ela é louca!
_ Coisa pouca.
_ Trancafiem-na! Levem-na para o castelo, para o calabouço.
Façam-na calar a boca.
(Tão linda a coitada, com a filhinha aprisionada)
Ninguém a socorria
Para aguentar o sofrimento, bordava, cavalgava e sem sossego, lia
Muitas línguas dominava a rainha malfadada,
Seguidamente traída, pelo marido, pelo pai, e pelo filho imperador
E até pela Igreja, que ela desafiou
Uma quase rainha, uma mulher leoa nos seus brios atingida
_ Ela é louca! Esquizofrênica
(a fama pela medieval Europa espalhada)
Os surtos se reproduziam após da filha separada
Para não mentir à História, o corpo de Joana, enfim vencida,
Se encontra, para sempre, ao lado do pai e do Belo,
na cristã cidade de Granada.