CAMBUCA
Francisco de Paula Melo Aguiar
Em tempo de disputa eleitoral.
A democracia é usada com força.
Do chefe político à cambuca de sal.
Para comer tudo sem lavar a louça.
Tem família grande ou pequena que se divide.
É tudo estratégia para não perder a eleição.
Grita, diz palavrão, faz aposta e se agride
De verdade e de mentira é feita a confusão.
Entre o eleito e o perdido se sabe como é.
Quando tudo passa, acaba a intriga e o chavão.
Do obrigado e do Deus lhe pague com fé.
E deixa de chamar o outro de corrupto e de ladrão.
Agora é tudo paz, amor, puder e ostentação.
Coisa de gente rica e à pobreza resta à dor.
É essa a ideologia da situação e da oposição.
Do falta tudo e não importa quem for o ganhador.