Epifania

Noite de sábado. Ao som da banda casais se entrelaçam e amigos se abraçam: é a celebração profana que os religiosos não conhecem, por temê-la. Tudo é movimento, tudo é energia em troca, é fluidez, é fruição.

Ele, porém, permanece aquietado em meio ao barulho. É a forma que encontra de contemplar a doçura de não estar só – como por muitas semanas passadas – mas com ela, que preenche sua noite, verdadeira luz ambiente.

O coração dele, roxo como a roupa dela, alegra-se por poder sentir aquele momento único e irrepetível. E, então, ele entende a eternidade.

José Carlos Freire
Enviado por José Carlos Freire em 24/10/2020
Reeditado em 24/10/2020
Código do texto: T7094858
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