CESURA
Atordoantes gestos átonos: Aergia!
Sucumbiam de adeus. Finalmentes.
Porteira de fim de estrada, cesura!
Vates, hemistíquio divisor de versos.
Thanatos executando suicidio poético.
Mirífico porvir ufano: Eros sonetado.
Decisão árdua, abjurar o dominado,
Alando própria intuição alvissareira
De riscos, de arrojadas elãs venturas,
Formosuras de maturidade poética.
Novos céus se quer desnudar: Horme!
Olhos fixos no éden, com mãos postas,
Vestindo o discreto, roto, burel pardo,
Calçando precatas anchas, protetoras
Da peregrinada matuta do virginal poeta.
Revigorantes gestos tônicos: novatos,
Abrolham em luz. Noûs reluzentes.
Portal de nova estrada, ávida cesura!
Polimata, hemistíquio iniciar de verso,
Calíope, tutoriando renascer poético.