"QUE VOZ É ESTA"
“QUE VOZ É ESTA? ”
Que voz é esta guardada, presa, sufocada, amordaçada, dentro do meu peito, querendo dizer alguma coisa?
Que voz é esta que tenta mostrar meus caminhos, meus rumos, muitos já perdidos?
Que voz é esta, dentro do meu peito, aprisionada com meus sentimentos?
Que voz é esta, presa dentro do meu peito, que fica calada, engasgada com tanta injustiça, tanto desamor, tanta hipocrisia, tanta mentira?
Que voz é esta, dentro do meu peito, que na frieza da rotina de nossas vidas já não consegue falar de belas e amadas palavras?
Que voz é esta?
Que voz é esta, dentro do meu peito, que já não consegue mais dizer palavras de conforto, carinho e principalmente amor?
Que voz é esta?
Que voz é esta, dentro do meu peito, que perde no dia a dia, seu calor, tornando-se uma voz fria, sem sentimentos?
Que voz é esta?
Que voz é esta, dentro do meu peito, que esconde segredos, sonhos e desejos?
Que voz é esta, dentro do meu peito, que quer gritar e tem seu grito preso, amordaçado, calado, sem forças para gritar?
Que voz é esta?
Que voz é esta, dentro do meu peito, calada, sofrida, escravizada, machucada?
Que voz é esta?
Que voz é esta, dentro do meu peito, que busco entender, e não consigo?
Que voz é esta?
Que voz é esta, dentro do meu peito?
Que voz é esta, que só eu escuto.
Que voz é esta?
Plínio Elias de Araújo Oliveira - PEAO
Sitio São Francisco de Assis
Divinópolis – Minas Gerais
Janeiro de 2008.