Tons degradê
Não sou só cores
Sou as vezes a inércia delas
Sou mais pra negros, cinzas
que cores vivas
Sou aquarela borrada
Por vezes tela lavada
E há os tons degradê,
ah... esses tons...
Meio louca, meio sã
Meio amarga, meio doce
Ora forte, ora frágil
As vezes cabeça pensando, outras coração sonhando, sangrando
Ora tempestade, ora calmaria
Duas faces da mesma moeda
Um lado completando o outro
Uma cor termina, outra começa
Esses meus tons degradê,
não importa as cores,
Um pouco aqui, outro ali
Me separando, me unindo
Como as águas de um rio,
se juntando ao mar...
Dando um novo tom
É assim que sou
Nem essa ou aquela
Sou as duas em uma só
Mulher ou menina
Aos olhos de quem vê,
Misturando meus vários tons degradê.