De negação em negação se faz uma bela confissão.
Vejo,
sinto,
escuto.
Quando me perguntam o que vi, senti e/ou escutei,
respondo: “Não sei, não pensei nisso ainda”.
Prefiro dizer que não vi, não senti, não escutei, e muito menos o que pensei.
Falo algo aqui, outras vezes ali, a cada “não” o inconsciente se revela, sendo muito bem sucedido à medida que nego.
Mesmo negando as coisas, vou devagar confessando.
Tropeço nas palavras que nem reparo,
“Não foi isso que eu quis dizer…”
Pronto, não sei, ou sei e digo que não sei.
Que confusão!!
Verdade seja dita, de negação em negação se faz uma bela confissão.