ARREPENDIMENTO
Troco um dedo por teu beijo
Eis que o choro do meu desejo
Abate-me e fere
No arrependimento que despejo.
Quando meu “mar” sorria pra mim,
O contaminei e o fiz “secar”.
E agora querendo “banhar”,
O “mar” me relembra seu fim.
E agora sem te ver sorrir
Vejo meu “mundo” ruir
Minha “casa” cair
E minha alegria partir.
Oh, grande cego que fui!
Esse é o brado
Que meu coração distribui,
E por baixo desse “sobrado”
O meu triste sofrer é que flui.
Esta poesia está no poeta,
Mas o poeta não está
Nesta poesia.
Ênio Azevedo