ARREPENDIMENTO

Troco um dedo por teu beijo

Eis que o choro do meu desejo

Abate-me e fere

No arrependimento que despejo.

Quando meu “mar” sorria pra mim,

O contaminei e o fiz “secar”.

E agora querendo “banhar”,

O “mar” me relembra seu fim.

E agora sem te ver sorrir

Vejo meu “mundo” ruir

Minha “casa” cair

E minha alegria partir.

Oh, grande cego que fui!

Esse é o brado

Que meu coração distribui,

E por baixo desse “sobrado”

O meu triste sofrer é que flui.

Esta poesia está no poeta,

Mas o poeta não está

Nesta poesia.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 20/10/2020
Código do texto: T7091658
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