das coisas

essa cidade quieta

na escuridão de sua aventura,

rasgo na toalha que os olhos

faz anágua, sem saber sei

tudo, sem nada ser, percebo

tudo, o raso e o profundo,

mas isso não poõe o pão

na mesa, nem deixa os

amigos mais alegres, piada

de um homem só, paradeiro

que mais parece um pesadelo,

balada de fogo, jangada de água,

ternura como que plainando num

céu que promete estrelas, saber

e não saber, duas pontas de uma

vida breve, é sempre bom tomar

café, andar e saber das árvores.

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 20/10/2020
Código do texto: T7091482
Classificação de conteúdo: seguro